Tiago Yonamine – Man in the Arena #079 (trampos.co)

O Man in the Arena é um videocast sobre empreendedorismo e cultura digital apresentado por Leo Kuba, Miguel Cavalcanti e In Hsieh.

Neste episódio (#079):

Um bate-papo com Tiago Yonamine, fundador e diretor-executivo do trampos.co, site de vagas de emprego na indústria da comunicação e tecnologia.

Tiago é formado em Design com pós-graduação em Marketing e Sociologia, atuou em agências e empresas de comunicação, como Espalhe, EURO RSCG 4D, Editora Abril e Torke Lisboa. Há 4 anos dedica-se exclusivamente ao trampos.co, divulgando anualmente mais de 8 mil vagas de emprego na indústria da comunicação e tecnologia.

O Man in the Arena tem apoio da Livraria Cultura, KingHost e FIAP.

Para saber mais:

– Tiago Yonamine: https://twitter.com/sushist
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A China na América Latina

Depois da África, China avança sobre América Latina

Marcos Salas, BBC Mundo

Depois de “conquistar” a África com contratos bilionários de comércio e investimentos na produção de matérias-primas, a China está voltando sua atenção para outra região capaz de suprir os bens necessários para o seu crescimento: a América Latina.

Países com dificuldades financeiras, como Venezuela, Argentina e Cuba, foram destaque no giro que o premiê chinês, Xi Jinping, fez pela região na última semana, levando a tiracolo um ‘pacote de bondades’ financeiras.

Em um momento em que o setor de manufaturas “made in China” mostra sinais de declínio (ou talvez por causa disso), o fluxo de dinheiro do gigante asiático para a América Latina continua forte e poderoso.
Soja, minérios, petróleo e bens básicos são alvos de contratos bilionários de empréstimos e investimentos chineses na região – o que ajuda o gigante asiático a reforçar a sua influência internacional.

Um estudo das Nações Unidas prevê que até 2016 a China deve ultarpassar a União Europeia para se tornar o segundo maior parceiro comercial da América Latina, atrás apenas dos Estados Unidos.

E de acordo com um artigo publicado em janeiro na revista China Policy Review, em 15 anos a China ultrapassará até os EUA, tornando-se o principal sócio comercial da região.

Parceiro pragmático

Hoje, a China é o maior parceiro comercial do Brasil, Chile e Peru, e o segundo parceiro do México, Argentina e Chile.

Pelos latino-americanos, o país é visto como um ator pragmático, mais interessado na economia do que na política – diferentemente dos EUA e de potências europeias -, como avaliaram, em um artigo recente, os pesquisadores Peter Hakim e Margaret Myers.

[Veja a matéria completa aqui.]

Poluição secreta

China pede que embaixadas estrangeiras não divulguem índices de poluição
EFE

A China emitiu um comunicado pedindo que as embaixadas e consulados estrangeiros no país asiático deixem de publicar os índices de poluição do ar, já que a divulgação dessas medições “viola as regulações internacionais e as chinesas”, afirmou nesta terça-feira o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Liu Weimin.

“Esperamos que as legações estrangeiras respeitem as regulações chinesas e parem de publicar esse tipo de informação, especialmente, na internet”, assinalou Liu, em uma coletiva de imprensa realizada em decorrência do Dia Mundial do Meio Ambiente.

Embora o porta-voz tenha feito referências à várias embaixadas, mas sem especificar quais, as únicas medições atmosféricas criticadas pelo Governo comunista até o momento tinham sido direcionadas à Embaixada dos EUA em Pequim, que não costuma seguir a versão oficial e também pode ser consultada através do Twitter (BeijingAir).

Os dados da poluição do ar divulgados diariamente pela legação americana em Pequim, uma das capitais com um dos maiores índices de poluição do mundo, são consultados pelos pequineses e, especialmente, pelos membros da comunidade estrangeira.

“Algumas embaixadas e consulados estrangeiros estão monitorando a qualidade do ar e publicando seus resultados, algo que é uma competência do Governo chinês”, declarou o vice-ministro de Proteção do Meio Ambiente, Wu Xiaoqing.

“Esta prática viola a Convenção de Viena sobre relações diplomáticas e relações consulares e, além disso, também não atende as leis e regulações chinesas”, destacou o porta-voz do ministério das Relações Exteriores.

“Se as embaixadas estrangeiras querem monitorar o ar para seu uso pessoal, para atender seus trabalhadores e diplomatas, não supõe nenhum problema, mas não podem divulgar essa informação para o resto do mundo”, assinalou Liu.

As autoridades chinesas também criticaram o fato das monitorações das embaixadas estrangeiras não oferecer uma informação “séria” e “científica”, já que esse monitoramento, “tecnicamente”, não atende as exigências e padrões internacionais e, por isso, não representa “a situação real do meio ambiente na China”.

A poluição é uma das grandes preocupações da população chinesa, que, por sua vez, chegam a usar máscaras para sair à rua em regiões mais populosas.

No início do ano, o governo chinês anunciou que modernizará seus aparatos técnicos, tido como obsoletos por parte da população, cujos números fornecidos são considerados pouco realistas.

Isso porque, os atuais aparatos não medem as partículas menores que 2,5 mics (conhecidas como PM 2,5), assim como a medição da legação americana.

Organizações internacionais, incluindo as Nações Unidas, consideram Pequim como uma das cidades mais poluídas do mundo por conta, entre outros fatores, da alta dependência do carvão como fonte de energia, tanto local como nacional.

Chery e JAC lideram importados

O Chery QQ e o JAC J3 lideram a lista de carros importados mais vendidos no primeiro trimestre no Brasil. A lista divulgada pela Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva) só inclui marcas sem fabricação no país.

Chery QQ – 2.632 unidades
JAC J3 – 2.565 unidades
KIA Bongo – 2.228 unidades
KIA Sportage – 1.849 unidades
JAC J3 Turin – 1.676 unidades
KIA Picanto – 1.492 unidades
Land Rover Evoque – 1.397 unidades
KIA Sorento – 1.362 unidades
Hafei Pick Up – 1.356 unidades
KIA Cerato – 1.187 unidades

Semana de Xangai no Brasil

A TV Brasil exibe, a partir do domingo (23/10), três documentários chineses como parte das comemorações da Semana de Xangai no Brasil. A série começará no domingo, às 16h, com Do outro lado do rio Yangtzé, que documenta a construção de um túnel e uma ponte de 25,5 km em trecho do maior rio da China. Na quarta-feira (26), à meia-noite, será apresentado A segunda primavera, sobre os hábitos dos idosos em Xangai. E no domingo (30), às 16h, o documentário Xangai 2010, que mostra as mudanças na cidade para a exposição mundial do ano passado.

As comemorações da Semana de Xangai incluem ainda a exposição de fotos “Impressões de Xangai”, de 25/10 a 1/11, no Centro Cultural São Paulo, e a exposição de livros “Janelas de Xangai”, de 24/10 a 29/10, na Biblioteca Mário de Andrade (SP).

Enquanto isso, no futebol chinês

Obina e Conca brilham e marcam 2 gols cada em rodada do Campeonato Chinês
ESPN.com.br

Obina e Conca foram so grandes destaques da rodada no Campeonato Chinês. O argentino marcou duas vezes na vitória do líder Guangzhou Evergrande sobre o Tianjin Teda por 4 a 0. O brasileiro Muriqui e o chinês Gao completaram a goleada para o líder da competição.

Já Obina marcou duas vezes, e o Shandong Luneng venceu o Nanchang Bayi por 5 a 2 neste sábado pela 25ª rodada do Campeonato Chinês. O resultado levou o Shandong ao sexto lugar, com 37 pontos. O líder Guangzhou soma 58 pontos. Destaque da partida, Obina comemorou os gols e o importante resultado conquistado fora de casa.

“Fico feliz por ter ajudado o Shandong a vencer fora de casa. Era um jogo importante em que precisávamos vencer para continuar perto dos primeiros colocados. Ainda estamos na briga por uma vaga na Liga da Ásia da próxima temporada. Vamos receber o Beijing Guoan na próxima rodada e vamos em busca de mais um bom resultado”, disse Obina, que já marcou nove gols no Campeonato Chinês.

China, terceiro destino turístico mundial

A Organização Mundial do Turismo (OMT) divulgou nesta semana que a China foi o terceiro destino turístico do mundo em 2010, com 56 milhões de visitantes, passando a Espanha, que teve 53 milhões. A França permaneceu em primeiro lugar, seguida pelos Estados Unidos. No ano passado, a OMT divulgou uma previsão de que a China se tornaria o maior destino turístico do mundo até 2015.

Revisão da pena de morte

A Assembléia Popular Nacional, órgão máximo do Poder Legislativo na China, iniciará em agosto um processo de revisão da lei penal chinesa, o que poderá levar a uma redução dos crimes passíveis de punição com a morte. O texto abaixo, em espanhol, é do jornal El País.

China quiere ejecutar menos
José Reinoso

China ha dado un nuevo paso encaminado a reducir el número de penas de muerte y, quizás algún día, suprimirlas totalmente. La Asamblea Popular Nacional iniciará el mes que viene la revisión de la actual Ley Criminal, con objeto de disminuir la cifra de delitos que pueden conducir al castigo máximo, según informa la prensa local. Las informaciones no detallan cuántos ni qué crímenes continuarán siendo punibles con la pena capital.

Actualmente, son 68, la mayoría no violentos. Entre ellos figuran corrupción, contrabando, proxenetismo, fraude fiscal, falsificación de moneda y otros con definiciones tan vagas como “poner en peligro la seguridad nacional”, “entregar secretos de Estado al extranjero” y “dividir la nación”. Incluso matar un oso panda puede llevar al condenado a recibir una inyección letal o una bala en la nuca, los dos métodos utilizados habitualmente por Pekín.

China es el país que más personas ejecuta en el mundo, un triste título por el que ha recibido repetidas críticas de organizaciones de derechos humanos y gobiernos extranjeros. Aunque el número de ajusticiados se desconoce, ya que las autoridades lo consideran secreto de Estado, grupos como Amnistía Internacional (AI) estiman que son “varios miles”; la mayoría, según el Gobierno, por asesinato, asalto armado y tráfico de drogas, pero también por corrupción. El segundo país que más personas ejecutó el año pasado fue Irán: al menos 388, según AI.

Exigência de QI

Não, não tem nada a ver com o famoso “quem indica”, tão popular na China. A empresa de outsourcing Bleum, sediada em Xangai, conseguiu chamar a atenção do mundo com outro QI, adotado em seu processo de seleção de empregados. Na primeira etapa, os candidatos devem alcançar um quociente de inteligência mínimo, num teste aplicado pela companhia. A curiosidade é a seguinte: para candidatos dos EUA, a marca a ser batida é 125; para candidatos chineses, é 140. Segundo a Bleum, que emprega cerca de mil pessoas, a diferença de critério se deve ao fato de haver muito mais candidatos chineses do que americanos. “É mais difícil entrar na Bleum do que em Harvard”, disse o executivo-chefe Eric Rongley à Computerworld.

Yuan liberado (ou quase)

Do site da BBC em português:

Pressionada, China permite valorização do yuan para maior nível desde 2005

A moeda chinesa, o yuan, chegou nesta segunda-feira ao seu valor mais alto em relação ao dólar desde junho de 2005, em meio à pressão, por parte dos Estados Unidos, para que a China demonstre mais “seriedade” em relação à promessa de flexibilizar o seu regime de câmbio.

Na manhã desta segunda-feira, um dólar comprava 6,7890 yuans – menos do que na sexta-feira (6,7896). A moeda chinesa chega ao seu valor mais alto desde que a China mudou seu regime de câmbio fixo e passou a permitir a flutuação da moeda dentro de uma estreita margem em relação ao dólar, há cinco anos.

Entretanto, desde a crise econômica, as autoridades monetárias chinesas voltaram a ancorar de fato o yuan ao dólar. Os Estados Unidos têm pressionado a China para que flexibilize a sua moeda, alegando que o yuan continua sendo mantido artificialmente abaixo do seu valor real, o que daria mais competitividade às exportações chinesas.

Na semana passada Pequim prometeu permitir uma maior flutuação do yuan, um compromisso que o presidente americano, Barack Obama, pediu que seja levado “a sério”.

“Minha expectativa é de que eles (as autoridades monetárias chinesas) levem a sério a política que eles mesmos anunciaram”, afirmou Obama, durante a cúpula do G20 – o grupo que reúne os principais países ricos e emergentes –, que terminou no domingo em Toronto, no Canadá.

A posição de Obama é apoiada por outros, como o ministro brasileiro da Fazenda, Guido Mantega, que consideram que um nível mais adequado da moeda chinesa abriria espaço para outros países exportadores e criaria condições mais favoráveis à retomada do comércio mundial.

Durante o encontro, o presidente chinês, Hu Jintao, fez um alerta para o risco de que uma flutuação brusca do yuan desestabilize os mercados de câmbio.

Vida e morte na Foxconn

Sempre que comento que muitos chineses sonham em vir para o Brasil tentar a vida, alguém reage com surpresa, como se a idéia fosse absurda diante do grandioso crescimento econômico da China. Pois é justamente um dos pilares desse crescimento – o baixíssimo custo da mão-de-obra – que mantém o desejo de migrar em parte da população.

A imprensa mundial tem divulgado, nos últimos dias, mais um caso de suicídio numa fábrica da Foxconn, fabricante de componentes e equipamentos eletrônicos, em Shenzhen. O número de mortes em episódios semelhantes, em meio ano, já chega a sete.

A explicação? As condições extremas de trabalho nas fábricas.

Relato publicado pelo jornal chinês Southern Weekly (em chinês) e divulgado pelo site Gizmodo (em inglês) aponta para um cotidiano extenuante, com jornadas de 10 a 11 horas diárias, das quais até 8 horas de pé, interrompidas apenas brevemente para refeições. Os operários – até 400 mil numa única fábrica! – vivem longe da família e descansam em dormitórios apinhados. O salário inicial é de 900 yuan (US$ 130 ou R$ 240).

A empresa atribui os suicídios (e dezenas de tentativas) a problemas emocionais e familiares e à solidão. Alega que estabeleceu linhas telefônicas para prestar apoio aos funcionários, montou “salas antiestresse” e criou um bônus para quem alertar a gerência sobre colegas com problemas. Até monges budistas foram contratados.

Os suicídios, ressalte-se, não são exclusividade da Foxconn. Há dois anos, a Huawei enfrentou uma onda semelhante, com relatos extra-oficiais de mais de 30 mortes.

Obs.: A Foxconn é fabricante de grande parte dos produtos vendidos por empresas como Apple, HP, Dell…

Centro de cultura chinesa em Brasília

Bernardo Monteiro Rebello
Secretaria de Comunicação da UNB

O reitor José Geraldo de Souza Junior e o embaixador da China, Qiu Xiaqui, inauguraram ontem, segunda-feira, 28 de setembro, o Instituto Confúcio. Situado ao lado do Centro de Excelência em Turismo (CET), o centro de cultura é o primeiro instituto oficial da China instalado em uma universidade brasileira.

Para o reitor José Geraldo de Souza Jr., a presença do instituto na UnB cria condições sólidas para o intercâmbio entre universidades de ambos os países. “É uma porta de comunicação entre a UnB e as instituições chinesas, por meio da embaixada”, afirma.

“É o primeiro Instituto Confúcio do país e representa a criação de uma plataforma da cultura e da língua chinesa no Brasil”, diz Qiu Xiaqui. Na opinião do embaixador, a iniciativa reflete as excelentes relações entre os dois países. “No ano que vem será realizado o mês da cultura chinesa no Brasil, e o mês do Brasil na China”, comenta.

Na cerimônia, que contou com a presença de docentes e estudantes da UnB, a embaixada doou ao instituto uma réplica da carruagem do Museu do Exército de Terracota e premiou alunos que participaram da Olimpíada de conhecimentos sobre a China. Uma exposição fotográfica sobre o país também foi organizada para o evento.

Durante a cerimônia, a embaixada premiou os participantes do campeonato sobre cultura chinesa da turma de mandarim da UnB.
Os terceiros e segundo colocados ganharam quebra-cabeças de um portal típico da China e o primeiro colocado ganhou o chamado “kit intelectual chinês”, com caneta tinteira e outros artefatos para ler e escrever.

“Eu acho muito importante trazer eventos culturais como esse para dentro da universidade”, comenta Shu Jian Ping, conselheiro cultural da China no Brasil. Segundo ele, “iniciativas como essa incentivam o aprendizado sobre a cultura chinesa e sua língua”.

Dica de livro

A year without “Made in China” é o divertido relato de um desafio auto-imposto pela jornalista americana Sara Bongiorni: passar um ano inteiro sem comprar produtos fabricados na China. De pequenos itens domésticos a peças de vestuário para o marido, passando por (muitos) brinquedos para os dois filhos, as compras do dia-a-dia se tornam um desafio na vida da autora. A impressão é de que tudo à venda nos Estados Unidos vem de fábricas chinesas. Até o tradicional Lego, símbolo da Dinamarca, já tem peças fabricadas em outros países: Suíça, Estados Unidos e… China.

Ocasionalmente, as dificuldades enfrentadas pela jornalista parecem meio exageradas, como se não houvesse camisetas produzidas em Honduras ou tênis fabricados no Vietnã e na Indonésia. A autora também poderia dispensar uma parte dos momentos “querido diário” que pontuam a história.

No geral, porém, A year without “Made in China” é eficiente em sua missão de evidenciar, com criatividade, a dimensão da presença dos produtos chineses em nossas vidas.

Lei da Anistia Migratória

A notícia é da semana passada, mas vale o registro (e a breve aparição). Texto de Gilberto Costa, da Agência Brasil.

Brasil anistia estrangeiros em situação irregular

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sanciona, na tarde de hoje (2), o Projeto de Lei 1.664-D, de 2007, a chamada Lei da Anistia Migratória, que autoriza a residência provisória de cidadãos estrangeiros em situação irregular no Brasil.

A nova lei permite que todos os estrangeiros que estejam em situação irregular e tenham entrado no Brasil até o dia 1º de fevereiro deste ano regularizem sua situação e tenham liberdade de circulação, direito de trabalhar, acesso à saúde e educação públicas e à Justiça.

A medida alcança pessoas que tenham entrado irregularmente no Brasil, cujo prazo do visto de entrada tenha vencido ou que não tenha se beneficiado da última Lei de Anistia Imigratória, de 1998.

Pelos cálculos do Ministério da Justiça, em torno de 50 mil pessoas poderão ser beneficiadas. Há, no entanto, entidades internacionais que estimam em até 200 mil o número de estrangeiros em situação irregular no Brasil.

Os interessados poderão fazer o pedido de regularização até o final do ano (a data provável é 30 de dezembro). Isso depois que o Diário Oficial da União publicar a portaria do Ministério da Justiça normalizando os procedimentos previsto na lei. A taxa de regularização é de R$ 67 e a de expedição da carteira, de R$ 31.

A medida, para o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, “humaniza a questão migratória” e combate o tráfico de pessoas que entram no Brasil e são empregadas em trabalhos análogos à escravidão. É o que ocorre, por exemplo, com os trabalhadores bolivianos contratados informalmente por empresas de confecção em São Paulo.

O secretário disse que, além dos bolivianos, os chineses, paraguaios, peruanos e russos estão entre os principais grupos populacionais que a nova legislação poderá beneficiar.

Atualmente há cerca de 880 mil estrangeiros vivendo regularmente no Brasil, a maioria deles vinda de Portugal, do Japão, da Itália e da Espanha. O governo estima que, hoje, aproximadamente 4 milhões de brasileiros vivam no exterior. Tuma Júnior disse esperar que a iniciativa brasileira “sensibilize e gere reciprocidade” em outros países. “Os países estão criminalizando, e o Brasil, humanizando”, comparou.

Além de sancionar a Lei da Anistia Migratória, o presidente Lula deve assinar hoje mensagem ao Congresso Nacional enviando projeto para uma nova Lei de Estrangeiros.

O secretário informou ainda que os brasileiros que queiram emitir certidão negativa de naturalização de seus parentes ascendentes, para pedir cidadania nos países de origem da família, poderão usar o serviço de certidão eletrônica disponível no site do Ministério da Justiça.

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